A semente que originou o grupo Teatro do Pé foi jogada ao solo no final de 2003, quando os quatro amigos Conrado Pouza, Danilo Nunes, Mateus Lopes e Wagner Bastos, o chamado Quarteto Fantástico, reuniram-se com o desejo profundo de montar um grupo de arte. Naturalmente que, como todos os quatro eram atores e músicos amadores (com exceção do Conrado que já fazia profissão de sua música), resolvemos iniciar nossa caminhada nos caminhos da arte do teatro onde aproveitaríamos muito bem esses talentos.

Começamos a nos reunir na minha casa (Lopes) pra conversarmos sobre o que iríamos fazer, quais seriam as nossas ações rumo aos nossos objetivos. Mas então, conversa vai, conversa vem e… como bons amigos/irmãos que somos, terminamos nossa reunião cheios de alegria, cheios de idéias, e sem nenhum objetivo traçado. Mas tudo bem, era só a primeira reunião. Estávamos mesmo em fase de reconhecimento. Era importante conversar para identificarmos exatamente o que queríamos.

Nos reunimos uma segunda vez e a agora sim. Conversa vai, conversa vem, e vai, e vem, e vem e vai… e pra não dizer que não saímos do lugar, conversamos sobre nosso desejo em trabalhar com a cultura popular brasileira. Mas foi só isso… Novamente boas horas de papo e pouco progresso efetivo. Sinceramente, vejo que não sabíamos muito bem o que fazer. Todos tinham um grande desejo, mas pouca visão prática sobre o que realmente deveria ser feito para realizá-lo. Éramos quatro atores sem nem mesmo um diretor. Quase que como um corpo sem cabeça. Pensamos então em seguir o caminho da auto direção em grupo, um dirigiria o outro e tudo iria dar certo. Confiança amigos!

Na época eu até acreditei, com algumas apreensão, que isso seria possível. Hoje tenho certeza que não teríamos atingido nem metade da qualidade que alcançamos ao longo do tempo de trabalho do Teatro do Pé, se não fosse a chegada do nosso pequeno grande diretor a partir da terceira reunião do grupo. Nada melhor do que a soma das potencialidades individuais, aproveitando o melhor que cada um pode oferecer, para formar um coletivo de grande capacidade. Isso, somado a um grande amor, amizade e transparência, pode tornar-se indestrutível.

Aconteceu que, na época, o Wagner trabalhava no Paca-Tatu, uma empresa de teatro infantil que tinha, e ainda tem, como diretor e dono o Mateus Faconti. Durante uma conversa, o Wagnão falou pro Faconti que nós estávamos montando um grupo e pesquisando sobre cultura popular brasileira e tal. O que na verdade era apenas uma decisão tomada na reunião anterior. Mas como Deus é maravilhoso e sempre aproxima os corações que vibram em sintonia, o Faconti, grande apaixonado por cultura popular brasileira, pediu ao Wagner para acompanhar uma de nossas reuniões e quem sabe ele poderia aprender ou até colaborar com nossa “pesquisa”. hahahaha…

Ao chegar na terceira reunião desse grupo, que ainda nem nome tinha, quanto menos pesquisa, o Mateus Faconti, com toda a sua visão prática e experiência no caminho do fazer teatral, apesar de não ter encontrado uma pesquisa em andamento, encontrou ali exatamente aquilo o que deveria ter sido encontrado para a realização de algo maior. E todas as peças se encaixaram para formar a união inicial desse grupo que hoje é o Teatro do Pé.

Esse dia foi 27/12/2003, uma sexta-feira.
Consideramos essa data como sendo a data de nascimento do Teatro do Pé!
Vamos dizer que a concepção aconteceu umas duas semanas antes, então veio a gestação, e com a chegada do Faconti, o nascimento.

A partir dessa data, muita coisa aconteceu!
Hoje, o grupo já não é mais o mesmo.
Pessoas vieram e foram seguindo seus próprios passos.
Mas tudo continua sendo como deve ser.

Acompanhem nesse blog cada passo na trajetória desse Pé de arte.




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1 Comentário para “Como nasceu o Teatro do Pé?”

  1. 1 sandy

    eu achei uma maravinha