'Desejo não acaba': livro ensina a ter uma vida sexual ativa até os 90 anos

"É estranho velho falar que não tem tesão. "Sonia Massara, 85, é uma das apresentadoras do canal "Avós da Razão" no YouTube. Em um dos vídeos, uma seguidora questiona sobre sua vida sexual. Sonia responde garantindo que faz sexo, sim. E que tem vontade, como pessoas de todas as idades.

Sonia não é a única que tenta quebrar o tabu de que fazer sexo não é para idosos. O livro "Sexo aos 60, 70, 80, 90", da jornalista francesa Roselyne Madelénat, chega às livrarias brasileiras para mostrar que é possível ter uma vida sexual ativa nessa fase da vida. Especialista em psicologia, sexologia e bem-estar, Madelénat reforça que não há idade para amar.

"O Brasil está envelhecendo rápido. E tudo o que lemos sobre longevidade fala de saúde, de velhos com depressão, o lado triste dessa velhice. Com 80 anos, estou dentro desse grupo e posso falar isso tranquilamente", diz a coordenadora da edição brasileira do livro, Maria Célia Furtado, da Editora Degustar.

O livro 'Sexo aos 60, 70, 80, 90', da jornalista francesa Roselyne Madelénat
O livro 'Sexo aos 60, 70, 80, 90', da jornalista francesa Roselyne Madelénat Imagem: Divulgação

A ideia é que o livro desmistifique o conceito do etarismo. "Você pode viver até os 100 anos e continuar curtindo a vida alegremente, fazendo sexo e se divertindo", explica Furtado, reforçando que não se trata de uma publicação de autoajuda.

Apesar de ser aberto para todos os públicos, 'Sexo aos 60, 70, 80, 90" quer conversar especialmente com os Boomers, que viveram a revolução sexual da década de 1960, e que hoje têm a sensação de que, depois de toda essa liberdade conquistada, não há mais direito de curtir —o sexo, o sucesso na vida profissional, os amigos, ou seja, a vida.

"Há muitas dicas e exemplos de pessoas mais velhas que seguem fazendo sucesso, como Antônio Fagundes, Caetano Veloso, Vera Fischer e Marieta Severo", diz Maria Célia Furtado.

No Brasil, o lançamento do livro está previsto para 18 de dezembro. E não pense que a obra fica apenas na parte comportamental: dá dicas práticas também, como incentivar as mulheres a carregarem sachês de lubrificante na bolsa, e não apenas camisinhas.

O desejo sexual não acaba só porque as pessoas envelhecem. O sexo é tão bom quanto, apenas diferente. O livro vai destacar cuidados que você tem que ter com o parceiro e incentivar homens que têm dificuldade de ereção a encontrarem uma solução para isso Maria Célia Furtado, coordenadora da edição brasileira de "Sexo aos 60, 70, 80, 90"

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