Política

PSL pune quatro deputados após crise com o presidente

Parlamentares perderam cargos em comissões e vice-lideranças, diz líder Waldir
Deputado Carlos Jordy, do PSL do Rio de Janeiro Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Deputado Carlos Jordy, do PSL do Rio de Janeiro Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

BRASÍLIA — O PS L já puniu quatro deputados após a instalação da crise entre Jair Bolsonaro e Luciano Bivar (PE), presidente do partido. Estão na mira os 19 parlamentares que assinaram uma carta declarando solidariedade ao presidente da República.

Carlos Jordy (RJ), Filipe Barros (PR), Alê Silva (MG) e Aline Sleutjes (PR) perderam suas titularidades em comissões e cargos nas lideranças do partido, segundo o líder do partido na Câmara, Delegado Waldir (GO).

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Filipe Barros, da ala olavista do partido, era vice-líder do PSL na Câmara e titular na CPMI das Fake News. Já foi substituído na CPMI por Julian Lemos (PSL-PB). Carlos Jordy perdeu cargos de assessores na liderança do partido. Aline Sleutjes participa de algumas comissões, mas não tem nenhum cargo importante.

— Essa perseguição não deveria ocorrer, porque apenas nos manifestamos no sentido de transparência do partido. A transparência no sentido das contas e em todos esses casos, que acabam indo para a mídia, e causam desconforto para parlamentares que não têm nada a ver com isso. O próprio estatuto (alterado por Bivar) — diz Jordy. — Ele fez isso sem dialogar com ninguém, é totalmente ilegal e ilegítimo.

A deputada Alê Silva (MG), que já fez denúncias contra o ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio, foi a primeira a ser punida. Ela foi avisada nesta quarta-feira de que não faz mais parte da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara.

A ordem para punir os dissidentes partiu da Executiva Nacional após a divulgação de um documento em que eles manifestaram solidariedade ao presidente Jair Bolsonaro. Bolsonaro, por sua vez, se opôs publicamente a Bivar.