Por Roberto Paiva, SP2 — São Paulo


Governo vai devolver apostilas dos alunos do oitavo ano que foram recolhidas

Governo vai devolver apostilas dos alunos do oitavo ano que foram recolhidas

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo tem até quarta-feira (18) para devolver as apostilas dos alunos do oitavo ano da rede pública, que tratavam de identidade de gênero. Os cadernos serão entregues com um suplemento que pretende deixar claro que não se trata de apologia.

Há 15 dias, o governador João Doria (PSDB) mandou recolher o material escolar de ciências para alunos do Ensino Fundamental. A apostila explica os conceitos de sexo biológico, identidade de gênero e orientação sexual. Também traz orientações sobre gravidez e doenças sexualmente transmissíveis.

Na semana seguinte, a Justiça determinou a suspensão do recolhimento das apostilas, e o Governo do Estado foi oficialmente notificado no final da tarde desta segunda-feira (16), quando começou a contar o prazo de 48 horas para devolução.

As apostilas voltam para os alunos com uma cartilha do Governo explicando o conteúdo considerado inadequado por Doria:

"O texto publicado nas páginas 29 e 30 foi adaptado de sua fonte original, que suprimiu a informação de que se tratava apenas de uma abordagem sociológica. O mais importante é que haja respeito a todas as pessoas, quaisquer que sejam suas características e opiniões. Seu professor (a) poderá ajudá-lo (a). Se você tiver alguma dúvida, pergunte a ele (a)".

O Secretário de Educação, Rossieli Soares, falou ao SP2 nesta tarde sobre a lição que o Governo aprendeu com este episódio.

"Nós temos que entender que a nossa sociedade, ao pensar de forma diversa, precisa cada vez mais trazer um conceito fundamental, que é o respeito ao outro. Nós podemos divergir, debater ideias - aliás, este é o sentido importante na educação, debater - e podemos divergir, mas nós temos que ter respeito às pessoas. Essa é a principal lição. E aí a gente precisa melhorar. A Educação é um processo constante", afirmou.

Texto contido no livro recolhido pelo governo de São Paulo — Foto: Reprodução

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