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Agenda contra corrupção fica fragilizada após derrotas nos três Poderes

Congresso articula votar mais projetos com impacto em investigações
Manifestação em Copacabana contra a corrupção em meio ao processo de impeachment de Dilma rousseff Foto: Custódio Coimbra / Agência O Globo 31/07/2016
Manifestação em Copacabana contra a corrupção em meio ao processo de impeachment de Dilma rousseff Foto: Custódio Coimbra / Agência O Globo 31/07/2016

BRASÍLIA — Nas eleições de 2018, a agenda anticorrupção foi plataforma de campanhas vitoriosas e promessa de renovação política. Nos primeiros nove meses de 2019, porém, essa pauta acumula derrotas nos três Poderes. O pano de fundo dessa reversão de expectativas envolve parlamentares tentando sair da mira de investigadores, setores do Supremo Tribunal Federal (STF) insatisfeitos com supostos excessos da Lava-Jato, e o presidente Jair Bolsonaro descontente com inquérito do Ministério Público (MP) contra um de seus filhos.

No horizonte, há novas articulações no Legislativo, além de julgamentos pendentes no STF, que teriam impacto negativo no combate à corrupção.

Na visão do jurista Walter Maierovitch, desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), a sociedade começa a perceber que o discurso de campanha do combate à corrupção não se efetivou:

— Obstáculos vêm sendo criados. O próprio presidente da República, que tinha o discurso, já pratica atos contrários ao combate à corrupção. Basta ver as iniciativas em relação ao filho dele Flávio Bolsonaro sobre o episódio das rachadinhas no Rio de Janeiro.

(Leia a íntegra da reportagem exclusiva para assinantes)