Economia
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Por Bloomberg

RESUMO

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GERADO EM: 22/05/2025 - 20:52

Mudanças Permanentes no Comércio Global: Lagarde e as Tensões Tarifárias

Christine Lagarde, presidente do BCE, afirma que o comércio internacional mudará permanentemente devido às tensões tarifárias, enquanto economias buscam compromissos. Durante reunião do G7, autoridades minimizaram divergências tarifárias dos EUA, focando em desequilíbrios globais, principalmente com a China. Lagarde destaca a complexidade de prever impactos das tarifas na inflação, que pode variar entre pressões inflacionárias e deflacionárias. A inflação na zona do euro em abril foi de 2,2%, mas analistas preveem queda. O BCE pode reduzir juros em breve para atingir meta de 2%.

A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, alertou que o comércio internacional será mudado para sempre pelas tensões em torno das tarifas, mesmo enquanto as principais economias do mundo caminham em direção a alguns compromissos.

"Embora seja bastante óbvio que o comércio internacional nunca mais será o mesmo, também é bastante claro que haverá mais negociações", disse ela em entrevista à emissora canadense CBC, à margem da reunião do Grupo dos Sete (G7) de autoridades financeiras no Canadá.

O encontro foi encerrado nesta quinta-feira com um comunicado conjunto no qual os membros minimizaram seu desacordo em relação às tarifas impostas pela administração dos EUA.

Os ministros das finanças e presidentes dos bancos centrais concentraram-se, em vez disso, em um apelo coletivo para enfrentar os “desequilíbrios excessivos” na economia global — um esforço claramente direcionado à China, embora o país não tenha sido mencionado.

“Haverá novos movimentos por parte de todos os parceiros na ordem comercial para, provavelmente, reduzir os principais desequilíbrios que temos e que temos tido há muito tempo”, disse Lagarde.

Inflação

Falando em uma entrevista separada à Radio-Canada, a emissora pública de língua francesa, a presidente do BCE disse que o impacto das tarifas sobre a inflação é difícil de avaliar para o banco central.

Pode haver efeitos inflacionários se a retaliação da Europa elevar os custos de importação, mas no curto prazo também podem surgir pressões deflacionárias se houver um desvio de produtos chineses baratos para os mercados europeus, disse ela.

“A questão do impacto das tarifas sobre a inflação é muito delicada”, afirmou Lagarde. “Há muitos elementos em movimento neste momento, cujo impacto poderemos estimar conforme as negociações avancem.”

Na zona do euro, a inflação se manteve em 2,2% em abril devido a pressões subjacentes mais fortes. Mas analistas preveem uma reversão em maio — possivelmente empurrando a inflação até abaixo da meta de 2% do BCE. A Comissão Europeia espera que ela fique, em média, em 1,7% no próximo ano.

Espera-se amplamente que os dirigentes do BCE reduzam os juros em duas semanas, com a inflação caminhando para a meta de 2% e as tarifas dos EUA pesando sobre a economia. Essa seria a oitava redução desde junho do ano passado, levando a taxa de depósito principal a 2%.

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