Internacional

Hungria. As muitas faces de uma extrema-direita sem pudor

O deputado István Apáti, do partido ultranacionalista Mi Hazánk, com um retrato do ditador Miklós Horthy, que governou de 1920 a 1944

julian marsault

Reportagem sobre as estratégias de crescimento do ultranacionalismo magiar no ano em que se assinala o centenário do tratado que dividiu o país após a I Guerra Mundial

9 fevereiro 2020 17:57

Julian Marsault, em Budapeste

Budapeste é palco, este sábado, do Dia da Honra, celebração anual de movimentos de extrema-direita, incluindo neonazis, da revolta germano-húngara contra o cerco soviético, em 1945. Repetir-se-á o clima do passado 23 de outubro. Em dia de festa nacional, sob um céu de azul profundo, centenas de simpatizantes da extrema-direita comemoraram na capital a abortada revolução de 1956 contra os comunistas. A Praça Corvino, onde há uma estátua de um menino-soldado, encheu-se de crânios rapados, rock nacionalista e símbolos nazis.

À tarde, manifestantes mascarados atacaram o centro Auróra, que acolhe numerosas ONG (LGBTQ+, ciganos, refugiados...), num bairro popular da capital. Tendo as portas do local sido encerradas in extremis, os assaltantes queimaram uma bandeira de arco-íris e escrevem grafitos na entrada.

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