Câmara de Sooretama rejeita projeto enviado pelo prefeito que cria conselho municipal LGBTQIA+

O polêmico projeto foi votado pelos vereadores na Sessão Ordinária da última quarta-feira (16), com grande presença de público.

Câmara de Sooretama rejeita projeto enviado pelo prefeito que cria conselho municipal LGBTQIA+
Cercado por muita polêmica desde que foi enviado ao Legislativo pelo prefeito Alessandro Broedel, no início de outubro, o projeto de lei número 079/2022, propondo a criação do Conselho Municipal dos Direitos de Diversidade Sexual e de Gênero de Sooretama, foi rejeitado por unanimidade pela Câmara de Vereadores do município, em Sessão Ordinária.

Um grande número de pessoas, entre elas pastores, políticos e representantes de vários segmentos da sociedade sooretamense, a maioria contrária à aprovação da matéria, lotou as dependências da Câmara. Duas viaturas e policiais militares permaneceram no local até o término da votação.


O prefeito Alessandro Broedel também compareceu à Sessão para esclarecer que enviou o projeto de lei ao Legislativo por força de determinação do Ministério Público Estadual (MPES), ressaltando a autonomia dos vereadores para aprovar ou não a criação do Conselho dos Direitos de Diversidade Sexual e de Gênero.


De acordo com Alessandro, a determinação do MPES foi expedida a todos os municípios do Estado e não apenas para Sooretama, mostrando o exemplo de Barra de São Francisco, que passou pela mesma situação.


"Recebi três notificações do Ministério Público, a última com ameaça de uma ação por improbidade administrativa, caso não cumprisse a determinação de encaminhar o projeto à Câmara. Mas os vereadores são soberanos para decidir. Em nenhum momento pedi que votassem ou deixassem de votar em qualquer projeto” – explicou o prefeito.


Todos os nove vereadores sooretamenses votaram contra a matéria, rechaçada por unanimidade. Na discussão do tema, o vereador Tiago Camiletti questionou pontos fundamentais, que, segundo ele, não estariam detalhados no projeto em relação à atuação e os objetivos do conselho a ser criado. "Não somos contra ninguém e muito menos contra o modelo de vida de cada um. Mas não podemos permitir brechas que façam determinadas coisas fugirem do controle no futuro”, argumentou.


Já o vereador Klysmamm Marcelino lamentou o fato da Câmara ser obrigada a discutir uma pauta que está longe de estar entre as prioridades num momento em que o município enfrenta tantas carências em diversos setores.


Ele pontuou aspectos que relacionam o projeto proposto em Sooretama à chamada ideologia de gênero, que muitos temem ser implantada nas escolas. "O projeto cita inúmeras vezes, em quase todos os seus incisos e parágrafos, a atuação desse conselho junto às instituições de ensino no município”, advertiu.

Klysmamm também criticou a criação do Fundo Municipal para a Diversidade Sexual e de Gênero, proposto no projeto, com a destinação de recursos públicos para financiar e fomentar as atividades 






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