Mensalidades escolares de todos os níveis de ensino tiveram seus
reajustes anuais em fevereiro
Os preços dos produtos e serviços consumidos pelas famílias de Florianópolis subiram 0,59% em fevereiro. Os itens que mais puxaram a inflação mensal para cima foram os relacionados a educação (por conta dos reajustes de início de ano das mensalidades escolares), habitação (aluguel e taxas de condomínio) e alimentação.
A inflação de fevereiro foi um pouco maior que a do mês anterior (o índice de janeiro foi de 0,55%), mas significativamente menor do que a de fevereiro do ano passado, que chegou a 0,72%. Com isso, a inflação acumulada nos último 12 meses caiu para 4,92%.
Os números são do
Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do
Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da
Fundação Esag (Fesag).
Educação e habitação
Os preços relacionados à educação subiram mais de 5% em fevereiro, em média, principalmente por conta dos reajustes anuais nas mensalidades de escolas e universidades. Todos os níveis de ensino tiveram aumento acima da inflação: educação infantil (10,5%), ensino fundamental (8,2%) e médio (9,9%).
Na educação superior, o aumento foi de 5,9%. Entre os cursos não regulares, também pesou o aumento forte dos cursos pré-vestibulares, cujas mensalidades subiram 16,3%.
Morar também ficou mais caro em fevereiro. Os itens ligados a habitação subiram 0,95% no mês. Os aumentos foram puxados pelo subgrupo “aluguel e taxas” (1,4%), especialmente por causa das altas do aluguel (1,2%) e das taxas de condomínios (2,8%).
Alimentação
Outro grupo que pesou na inflação de fevereiro foi o dos Alimentos e Bebidas. A alta foi de 1% – menor , no entanto, que os 1,4% do mês anterior. A comida comprada em feiras e supermercados para consumo em casa subiu mais (1,7%). Já os preços das refeições fora de casa ficaram praticamente estáveis.
Os alimentos que mais encareceram no mês foram os tubérculos, raízes e legumes (10,4%), com destaque para a batata inglesa (25,4%) e cebola de cabeça (20,8%). Por outro lado, o tomate ficou mais barato (-18,1%).
Hortaliças e verduras (9,9%), cereais leguminosas e oleaginosas (5,8%) e frutas (3,6%) também ficaram mais caros. Isso inclui os aumentos da beterraba (25%), feijão preto (8,2%), arroz agulha (5,9%), abacaxi (12,1%), laranja paulista (11,6%), banana branca (11%) e maçã (6,8%).
Também houve alta dos açúcares e derivados (2,1%), carnes (1,7%), bebidas e infusões (1,3%), óleos e gorduras (1,2%), Aves e ovos (1,15%), panificados (0,75%), enlatados e conservas (0,7%), sal e condimentos (0,6%) e leite e derivados (0,6%).
Apenas três subgrupos da alimentação em domicílio tiveram quedas de preço em fevereiro: carnes e peixes industrializados (-0,3%), pescados (-0,3%) e farinhas, féculas e massas (-1,65%) – o macarrão ficou 6% mais barato.
Outros preços
Além de alimentação, habitação e educação, houve alta em fevereiro nos preços dos artigos de residência (1,2%), vestuário (0,4%) e transportes (0,2%). Houve redução nos itens de saúde e cuidados pessoais (-1%) e despesas pessoais (-0,8%). Já os preços dos serviços de comunicação ficaram estáveis.
Sobre o Índice de Custo de Vida
O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 29 de fevereiro. O índice é publicado regularmente desde 1968.
A metodologia é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional. Para o cálculo do ICV, a Udesc Esag conta com o apoio da Fundação Esag (Fesag) na atualização das ferramentas utilizadas.
Mais informações podem ser obtidas em
udesc.br/esag/custodevida, onde é possível consultar os
boletins mensais (desde 2010) e as
séries históricas (desde junho de 1994) do ICV/Udesc Esag.
Núcleo de Comunicação da Udesc Esag
Jornalista Carlito Costa
E-mail:
comunicacao.esag@udesc.br