Por Lorena Lemos, g1 Grande Minas


Saulo Romaens Silva Oliveira foi encontrado morto no apartamento em que morava — Foto: Arquivo pessoal

Uma família está enfrentando uma longa batalha para realizar o translado do corpo de um mineiro, de 34 anos, que faleceu na Argentina em 16 de julho deste ano. Natural de Felixlândia, Saulo Romaens Silva Oliveira foi encontrado morto no apartamento em que morava, em La Plata. A autópsia constatou que ele foi vítima de infarto fulminante.

A irmã de Saulo, Érika Liertany Oliveira Gonçalves, conta que ele residia na Argentina há cinco anos, onde realizava o sonho de cursar medicina. Ela viajou para o país com o objetivo de resolver o processo de translado, já que, segundo haviam a informado, seria necessário apenas o resultado da autópsia para que o corpo fosse liberado, o que não aconteceu.

“Chegando lá, nos informaram que precisaria ser feito um exame toxicológico, que seria feito no dia primeiro de agosto, para poder fazer essa liberação do corpo.”

Ainda de acordo com a irmã de Saulo, posteriormente, foi dito a ela que o corpo passaria por mais um exame. O procedimento seria feito no dia 25 de agosto, mas até o momento a família não teve retorno sobre o resultado.

Segundo Érika Liertany Oliveira Gonçalves, os gastos que a família está tendo com todo o processo já passa de R$ 50 mil. O corpo está sendo mantido em um necrotério particular, pois o necrotério público não estava atendendo às necessidades da família.

“Eles estavam pressionando pra que a gente fizesse o enterro lá na Argentina. E lá no necrotério público, não tem uma conservação do corpo de forma adequada, ele fica em temperatura ambiente, então deteriora muito rápido.”

Os pais de Saulo estão inconformados com a demora em liberar o corpo do filho.

“Será que não tem ninguém que tá vendo o tanto que tá sofrido pra nós?, fala Delvânia Maria Silva Oliveira, mãe do estudante.

“Já não sabemos nem de onde tirar forças”, completa o pai, Raimundo Romaens de Oliveira.

O que dizem as autoridades

O g1 entrou em contato com o Consulado da Argentina em Minas Gerais, que fica localizado em Belo Horizonte, para saber o motivo da demora nos procedimentos de liberação do corpo do mineiro, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.

Saulo estudava medicina na Argentina — Foto: Arquivo pessoal

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