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Horizon Forbidden West | ANÁLISE

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A tão aguardada sequela de Horizon Zero Dawn chega finalmente até nós. Horizon Forbidden West traz consigo a essência do seu antecessor, mas melhorados, bem como grandes novidades e a continuação da incrível história do primeiro título.
O Horizon Forbidden West é um jogo de ação aventura em mundo aberto, com mecânicas RPG, com diversos tipos de missões e atividades que podemos fazer ao longo de um mapa gigantesco, e onde temos um sistema de níveis, árvores de habilidades, possibilidade de comprar e melhorar armas e equipamentos, e todo um universo de possibilidades de exploração.

História

A história de Horizon Forbidden West ocorre logo após o final de Horizon Zero Dawn. Aloy volta mais uma vez a mostrar a sua força e coragem em mais uma aventura para salvar o mundo. Com a ajuda de amigos do passado, mas contando também com novos amigos, Aloy tem agora de adentrar o Oeste Proibido de forma a procurar e a pôr um fim na origem dos desastres que assolam a sua terra e ameaçam a vida de todo o planeta.

Uma história repleta de plot twists, que simultaneamente abrange os conflitos entre tribos do presente, os problemas que ameaçam o fim do mundo e verdades ocultas sobre os ancestrais. Este jogo esclarece muitas das coisas que ficaram por contar no seu antecessor, e puxa o fio que nos leva ao futuro desta incrível franquia. Tudo isto ao longo intensas missões, mas não só.

Missões e atividades

Horizon Forbidden West oferece um vasto leque de tipos de missões e atividades que podemos fazer por todo o mapa. A variedade e quantidade de missões e atividades torna este num jogo extenso, que não se torna repetitivo nem aborrecido.
As Main Quests, ou Missões Principais, são aquelas que estão ligadas à história principal e que são necessárias para progredir na mesma. Muitas destas missões são aconselhadas para um nível que está acima daquele em que estamos, por isso é recomendado fazer outras atividades pelo mapa para subir de nível e ter uma maior possibilidade de sucesso. Um exemplo dessas atividades são as Side Quests, ou Missões Opcionais. Podemos aceitar Side Quests em vários pontos do mapa, geralmente assinaladas com um ponto de exclamação verde, que podem contar mais da história de alguns personagens, povoações, receber equipamentos específicos ou até introduzir novidades no jogo. Um detalhe que para mim se destacou, foi que os comentários de Aloy e alguns diálogos durante as Side Quests, são alterados conforme progressão na história. Ou seja, ao acontecerem determinadas situações na história, Aloy vai comentar sobre elas ou conversar com os NPC’s sobre esse assunto. Os Recados ajudam também a subir de nível, e são muito semelhantes às Missões Opcionais, mas com um pouco menos de peso no jogo. Já as tarefas são necessárias para, por exemplo, aprender a converter tipos de máquinas específicos. Nos Contratos de Sucata temos de recolher as peças que nos foram pedidas e levar de volta aos representantes de sucateiro que nos contrataram.

Fora este tipo de atividades mais ligados a uma estrutura de missão, temos ainda outro tipo de atividades que podemos fazer. Os Territórios de Caça são, como em Horizon Zero Dawn, arenas fechadas com máquinas, onde aceitamos desafios específicos que nos dizem como lidar com as máquinas, para os conseguirmos completar dentro do tempo estipulado e receber prémios. Os prémios estão divididos entre 3 lugares, que são representados por faixas, e a qualidade dos prémios corresponde ao lugar em que ficarmos, quanto mais alto no pódio, melhor o prémio.

Nos Poços de Combate combatemos contra desafiantes humanos e concluímos desafios para poder lutar contra o mestre de cada poço, e receber a insígnia do mesmo. Ao obtermos todas as insígnias podemos lutar contra a Indomável, o derradeiro desafio final destes poços. A Arena coloca-nos em batalhas contra grandes máquinas numa arena igualmente grande, onde temos vários desafios. Podemos também conquistar Acampamentos e Postos Rebeldes, onde derrotamos todos os inimigos para conquistar esses territórios. Ao conquistarmos todos desbloqueamos uma nova Missão Opcional.

Alguns minijogos estão também presentes no mapa de Horizon Forbidden West. Nas Corridas de Obstáculos fazemos corridas montados em máquinas, onde podemos atacar os nossos inimigos, com flechas e com ataques corpo a corpo de cima da nossa montada, para os podermos fazer cair e podermos assim ganhar terreno. Tal como podemos atacar, os nossos inimigos também o podem fazer. Sempre que atacados temos uma pequena pista visual para premirmos o botão de esquiva e evitar sermos derrubados da nossa montada. Outro minijogo que podemos disfrutar é o Máquinas ao Ataque, um jogo de tabuleiro com peças baseadas nas máquinas do universo Horizon, cada uma com os seus pontos de defesa e ataque, que podem ser influenciados pelos terrenos em que ficam no tabuleiro e pela própria posição das peças em relação às peças inimigas.

Os colecionáveis voltam a marcar presença nesta sequela de Horizon Forbidden West. As Ruínas com Relíquias podem ser exploradas para precisamente recuperar as relíquias escondidas. Para podermos completar estas ruínas temos de resolver alguns puzzles relativos ao que nos rodeia. Podemos também colecionar Caixas Negras, que são precisamente caixas negras de aviões que estão escondidos pelo mapa. Os Pontos de Observação fornecem-nos um ficheiro holográfico que temos de sobrepor com a paisagem para ver como era no passado. As Torres de Sinalização precisam de ser escaladas para podermos recolher a sua lente de sinalização e recuperar os seus dados. Podemos recolher também os dados de Drones de Reconhecimento, que precisamos de saltar para cima deles e os baixar para recuperar os seus módulos. Os Pescoçudos são robôs muito grandes com pescoços gigantescos que, tal como em Horizon Zero Dawn, podem ser escalados e convertidos para termos uma visão mais abrangente do mapa.

Temos também Cavernas Subterrâneas que podem ser exploradas, e que concluímos ao recolhermos todos fragmentos de verdebrilho, que é um tipo de pedra preciosa.
Os Caldeirões são grandes áreas industriais que temos de explorar e encontrar o núcleo, resolvendo uma série de puzzles ambientais e derrotando inimigos para lá chegar, de forma a desbloquear novas conversões de máquinas.

Num certo ponto da história iremos também desbloquear uma base onde podemos reunir os nossos aliados, que serão uma parte muito importante da nossa aventura, aceitar tarefas e será também o ponto de partidas de muitas das nossas missões.

Gameplay

Os grandes combates contra máquinas são provavelmente uma das partes que mais se destacam na jogabilidade de Horizon Forbidden West, mas outros elementos são tão ou mais importantes.

O combate em Horizon Forbidden West foi completamente melhorado em relação ao seu antecessor. Temos novas armas, novos tipos de munição, novos combos, num combate muito mais rápido e fluído do que aquilo que estávamos habituados em Horizon Zero Dawn. Analisar os nossos inimigos será sempre a opção mais sensata para que a nossa batalha corra da melhor forma possível. Isto porque ao lutarmos contra máquinas a análise vai revelar-nos os seus pontos fracos, bem como quais os elementos que as fragilizam. A parte dos elementos é bastante interessante, pois além das munições normais temos munições como as de fogo, gelo, choque, ácido, plasma e friágua, que ao utilizarmos a munição certa para a fragilidade de uma determinada máquina, podemos encher a barra de dano elementar e deixá-la mais debilitada, fazendo com que os ataques de munições normais sejam ainda mais destrutivos. As peças que são um ponto fraco ficam destacadas a amarelo quando analisamos a máquina, se nos forcarmos numa dessas peças temos uma grande chance de a podermos arrancar e recolher antes da máquina cair e a destruir. Algumas dessas peças são armas, que ao serem arrancadas podem ser utilizadas para atacar as máquinas. Sempre que a máquina cai podemos vasculhá-la para recolher materiais e peças que nos irão ajudar a melhorar as nossas armas e equipamentos. As novas variedades de máquinas obrigam-nos também a alterar a nossa forma de jogar, pois algumas delas são extremamente agressivas.
Se perdermos vida durante o combate podemos utilizar plantas medicinais que tenhamos recolhido, ou então poções.

O combate contra máquinas pode ter diversas novidades, mas contra inimigos humanos temos agora novos combos de combate corpo a corpo e combos que misturar combate corpo a corpo com uso de armas, que podem ser aprendidos nos poços. Estes combos irão proporcionar ataques mais potentes, bem como formas de derrotar certos tipos de inimigos específicos, como os que usam escudo holográfico.

Por falar em inimigos, ao longo do jogo iremos encontrar de 40 máquinas e variações das mesmas, sendo que algumas regressam do título anterior e outras são completamente novas, como é o caso do gigante Tremodonte e o extremamente agressivo Garropante. Algumas das variações das máquinas incluem versões de fogo, gelo ou ácido, mas também as versões superpredadoras, que são muito mais difíceis de derrotar. As tribos de rebeldes serão os nossos principais inimigos humanos, sendo que estão divididos em classes como batedores, líderes, soldados entre outros.

Mas e se não nos apetecer lutar contra um certo inimigo? Nesse caso podemos simplesmente evitá-lo! As mecânicas de stealth em Horizon Forbidden West estão muito melhoradas em relação ao primeiro. O medidor de furtividade é apresentado com um ponto de exclamação dentro de uma bolinha amarela que vai mudando de cor para vermelho conforme o inimigo se vai apercebendo de nós. Podemos esconder-nos nas ervas altas ou atrás de objetos de forma a evitarmos por completo os inimigos ou eliminá-los de forma furtiva.

Algo também muito importante é o facto de podermos converter e utilizar máquinas. Tal como referido mais acima na análise, os caldeirões dão-nos informações para podermos aprender a converter as máquinas e torna-las nossas aliadas. Além de novas máquinas para montar e cavalgar, temos agora novas possibilidades de conversão, que podem colocar máquinas a defender-nos ou a atacar outras máquinas, mas também novos tipos de montada como o caso dos Asa Solar, que nos permite sobrevoar todo o mapa.

Além de uma nova gama de armamento, desde vários tipos de arcos, lança-cordas, lança-virotes, manoplas e fisgas que podemos melhorar, podemos fazer o mesmo com todas as nossas armaduras, equipamentos e bolsas, além de podermos comprar novos equipamentos, ou recebê-los em missões.

Alguns dos novos equipamentos especiais fazem toda a diferença na jogabilidade de Horizon Forbidden West. O puxador, por exemplo, permite-nos agarrar em certas saliências para nos puxar para cima, enquanto o escudo-alado nos permite planar quando saltamos de sítios altos, tal como um para-quedas. Já a máscara de mergulho, permite-nos mergulhar por tempo indefinido sem perder oxigénio.

Esta máscara é bastante útil nas secções de jogabilidade subaquáticas, que são várias durante o jogo. Nestas secções além de um mundo subaquático bastante detalhado, temos inimigos que debaixo de água que nos detetam e atacam, e também inimigos na superfície que se estivermos a nadar perto da mesma nos detetam. A deteção pode ser totalmente evitada se nos escondermos nas algas ou dentro de destroços afundados. Algo que se altera debaixo de água é o nosso pulso do foco, que passa a funcionar como um sonar, mesmo até visualmente.

Fora de água podemos também escalar, e a escalada está muito polida nesta nova entrada da franquia. Podemos mais uma vez usar o nosso foco para descobrir as saliências a que nos podemos agarrar, e toda mecânica de saltos, escalada e utilização do puxador estão aplicadas de forma perfeita.

O jogo tem também vários elementos RPG. Temos o sistema de níveis, onde a cada missão terminada recebemos XP para podermos subir de nível e a cada subida de nível recebemos pontos de habilidade que podem ser trocados por novas habilidades nas árvores de habilidades. São 6 árvores diferentes: Guerreira, que nos dá opções de habilidades de combate corpo a corpo, Armadilhadora, habilidades para construção de armadilhas, Caçadora, que nos permite melhorar habilidades com o arco, Sobrevivente, que nos dá melhorias na saúde, Infiltradora, com habilidades para a jogabilidade stealth, e Mestre de Máquinas, que nos ajuda com a conversão de máquinas. Além disso o próprio sistema de quests e side quests é típico de um RPG, bem como as secções onde podemos escolher os nossos diálogos com NPC’s.

Os Puzzles são também muito importantes pois muitos deles são necessários para concluir missões ou certas atividades. Geralmente temos de analisar o ambiente ao nosso redor, perceber onde temos de encaixar determinada coisa, o que encaixar em determinado lugar, descobrir palavras-passe escondidas em pontos de dados, descobrir que objetos mover ou o que fazer para chegar a certo sítio. Em geral os puzzles não são muito difíceis, o foco ajuda bastante e Aloy vai dando pistas ao falar em voz alta, mas alguns conseguem puxar bem pela cabeça.

Exploração

O mapa de Horizon Fobidden West é muito maior que o do jogo anterior. Inicialmente temos um enorme nevoeiro por cima de quase todo o território, mas este vai sendo levantado conforme formos explorando todos os cantos e progredindo nas missões. Para nos ajudar a deslocar neste enorme mapa podemos utilizar as nossas montadas para distâncias mais curtas e acampamentos ou abrigos desbloqueados para fazer fast travel em distâncias mais longas. Anteriormente era sempre necessário um kit de viagem rápida para estas viagens, mas agora podemos fazê-lo gratuitamente entre acampamentos e abrigos, sendo apenas necessário o kit se estivermos longe de alguma destas opções.

Um mapa tão grande só poderia ter uma variedade enorme de biomas. Desde florestas, zonas de praia, zonas desertas, zonas rochosas, zonas montanhosas, zonas cobertas de neve, toda esta riqueza de ambientes, com fauna, flora e clima a condizer, são de uma imersão sem precedentes no universo dos videojogos. O clima não só varia entre regiões, como varia dentro das próprias regiões. Podemos ter um dia ensolarado, mas começar a chover passado algum tempo, ou a nevar, bem como ciclos de noite e dia em tempo real. Aloy reage não só verbalmente como visualmente a estas mudanças. Por exemplo, se fizer muito calor Aloy vai queixar-se de estar com calor, e ao fazermos zoom na personagem podemos ver pingos de suor a escorrer pela sua cara. Mas não são os únicos detalhes, por exemplo se mergulharmos Aloy fica molhada, e ao rebolarmos na areia com o corpo molhado, esta vai ficar agarrada às nossas roupas.

Ao longo do mapa vamos também descobrindo várias povoações. Algumas delas são descobertas através da história principal, outras precisamos de explorar o mapa em busca delas. Cada uma das povoações conta com povos e culturas completamente distintas, que resultam em várias missões e recados únicos, bem como armas e equipamentos que não podemos encontrar em outros locais do mapa.

As zonas de máquinas são regiões assinaladas no mapa onde podemos ir caçar manadas de máquinas específicas. Estas zonas são bastante úteis para recolher peças específicas. Já se quisermos caçar animais para obter os seus recursos não temos este tipo de sinalização, teremos de procurar os animais nos seus habitats típicos. Por exemplo as cabras são mais frequentes em zonas montanhosas, enquanto os caranguejos são encontrados em zonas de praia e os porcos um pouco por todo o mapa. A recolha de plantas e galhos pode também ser feita um pouco por todo o mapa, mas mais uma vez os tipos de planta disponíveis variam conforme o bioma em que estamos.

Algo que temos de ter cuidado durante as nossas explorações é a praga. Esta mata toda a vida em que toca, e é facilmente detetável pelo tom avermelhado com que deixa as plantas e as partículas do ar. Se ficarmos muito tempo na praga perdemos vida.

Pontos técnicos

Na PlayStation 5 temos duas opções para experienciar Horizon Forbidden West. Temos o modo Performance, que tem como objetivo manter uma taxa de FPS alta, e o modo Fidelidade, que dá prioridade à qualidade visual e à resolução 4k. A nossa análise foi toda feita em modo Performance.

Além da versão de PlayStation 5, o jogo pode ainda ser jogado na PlayStation 4. Ao experimentarmos esta versão do jogo sentimos a falta de alguns detalhes visuais e gráficos presentes na versão da consola de atual geração, bem como a falta da imersão do Dualsense, mas principalmente da fluidez do modo Performance. Apesar das diferenças o jogo foi extremamente otimizado para a PlayStation 4, por isso toda a qualidade permanece nesta versão.
O Dualsense foi utilizado de forma incrível, com a utilização do Feedback Háptico em situações de combate, escalada, utilização de armas e ferramentas, e essencialmente tudo o que fizermos no jogo será fielmente representado no Dualsense através deste Feedback Háptico, juntamente com diversos sons que saem da coluna do comando. Já os Gatilhos Adaptativos fazem um excelente trabalho a representar a pressão do nosso arco, o recoil das armas de fogo, entre outras coisas como forçar portas e converter núcleos.

A velocidade de carregamento na PlayStation 5 é quase inexistente. É surpreendente a velocidade com que podemos fazer fast travel ou progredir no mapa sem quase tempo nenhum de espera.

Gráficos e visuais

O grafismo de Horizon Forbidden West está detalhado ao extremo. Desde os modelos dos personagens e máquinas, objetos, cenários, terrenos, tudo neste jogo está feito e pensado ao detalhe. Os visuais do jogo são autênticos doces para os nossos olhos, e as paisagens são de cortar a respiração.
O nível de detalhe da Aloy é tanto que podemos ver com detalhe os pingos de suor na cara, bem como reflexos realistas nos seus olhos e todos os detalhes realistas da sua pele.

Som

Toda a sonoridade de Horizon Forbidden West está perfeita, desde os sons das máquinas, das armas, tudo está muito bem executado. A música tem um especial destaque aqui, pois foi perfeitamente adequada para cada localização e situação de jogo, sendo que até uma povoação inteira focada em música temos no jogo.

 

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HORIZON FORBIDDEN WEST está disponível para PlayStation®4 e PlayStation®5. Para mais informações, visita o website oficial.

 

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Apaixonada pela cultura geek e principalmente pelo gaming desde pequenina, quando ficava horas seguidas a jogar consola. Jogar apenas deixou de ser suficiente para saciar o apetite por videojogos, então logo começou a fazer vídeos, a falar e a escrever sobre videojogos. Como uma paixão geek nunca vem só, adora ver animes, séries e filmes. Pelo caminho ainda vai aprimorando a sua veia musical.

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