Greve de auditores fiscais gera prejuízo de R$ 3,5 bilhões, diz instituto
Frente Parlamentar pelo Livre Mercado envia carta a Fernando Haddad pedindo 'estabilidade jurídica e solução urgente'

Frente Parlamentar pelo Livre Mercado envia carta a Fernando Haddad pedindo ‘estabilidade jurídica e solução urgente’
O Instituto Livre Mercado (ILM) e a Frente Parlamentar pelo Livre Mercado (FPLM) enviaram uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestando preocupação com a operação “Desembaraço Zero”, que começou, em 12 de fevereiro, a suspender a liberação de mercadorias por quinze dias, agravando ainda mais os atrasos causados pela operação-padrão dos auditores fiscais.
Segundo estimativas das entidades, os prejuízos da paralisação seguem crescendo e somam 3,5 bilhões de reais, devido a custos logísticos elevados, taxas de armazenagem e quebra de contratos internacionais. Além disso, cerca de 14,6 bilhões de reais em transações tributárias seguem pendentes, comprometendo a arrecadação federal.
Rodrigo Marinho, diretor do Instituto Livre Mercado (ILM), que secretaria a FPLM, afirma que a greve prejudica a competitividade do Brasil no comércio global e afasta investimentos.
“A interrupção das atividades na Receita Federal gera um efeito devastador para empresas e consumidores. A retenção de mercadorias impacta diretamente a produtividade da indústria e o abastecimento do mercado interno, além de afastar investidores estrangeiros que buscam previsibilidade e segurança jurídica”, declarou.
A FPLM estima que mais de 75.000 encomendas e documentos já foram diretamente afetados pelas restrições operacionais impostas pelo órgão de controle aduaneiro na greve que já ultrapassa os 70 dias.