PT cogita aproximação com PL por vaga no TCU
Partido Liberal, no entanto, acredita que acordo teria dificuldades junto à bancada; próxima cadeira a ficar vaga é a do hoje ministro Aroldo Cedraz, que deixará a Corte em 2026
A disputa por uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU) pode unir dois partidos adversários: o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A próxima vaga aberta será a do ministro Aroldo Cedraz, no próximo ano. O espaço está prometido ao deputado Odair Cunha (PT-MG), como parte do acordo de apoio do PT à candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) à presidência da Câmara dos Deputados.
Outros nomes, porém, começam a surgir para rivalizar com o petista, que a fim de evitar a polarização com o Centrão, pode sugerir compor com a oposição.
Neste acordo, o PL lançaria um nome avulso para embolar a disputa com o Centrão. Em troca, teria o apoio de petistas para a segunda vaga do TCU. A próxima vaga seria de Augusto Nardes, que vai se aposentar em 2027, mas pode ser convencido a antecipar o processo.
O PL, no entanto, embora não refute o acordo com os petistas, acreditam que a manobra teria dificuldades e que uma composição com partidos de centro tem mais viabilidade junto à bancada.
A decisão sobre a segunda vaga do TCU, porém, ainda cabe ao presidente da Câmara, que pode usá-la como barganha para atrair apoios em uma eventual reeleição ao cargo em 2027.
No União Brasil, os deputados Danilo Forte (CE) e o ex-líder Elmar Nascimento (BA) são cotados para a disputa. Já no PSD, os deputados Pedro Paulo (RJ) e Hugo Leal (MG) são opções.
No PL, a indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro seria pelo deputado Helio Lopes (RJ), também conhecido como Hélio Negão, mas deputados da ala mais moderada do partido advogam pela indicação de Roberta Roma (BA).
A vaga no TCU é vitalícia, com salário de R$ 41,8 mil mensais.