A nova ofensiva de Barros para ter o PL

Apelidado de ‘leitão vesgo’, político que esteve dias atrás com Lula no Palácio da Alvorada agora negocia pré-candidatura do PP com o presidente nacional do PL

O deputado federal licenciado e atual secretário de Indústria, Comércio e Serviços do Paraná, Ricardo Barros, estará amanhã em Brasília. Ele não desistiu de tirar o Partido Liberal de Maringá das mãos do deputado estadual Delegado Jacovós, que aparece em segundo lugar na única pesquisa registrada divulgada este ano, a mesma que dá um percentual surpreendente para o irmão do parlamentar.

Recentemente Barros esteve no Palácio da Alvorada, tomando café com o presidente Lula (PT), depois de ter se encontrado com o ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem foi líder na Câmara dos Deputados. Agora, vai se encontrar com Valdemar Costa Neto, presidente nacional do Partido Liberal, que, por decisão judicial, não pode conversar com Bolsonaro. Barros, que já detém o controle do Republicanos, vai defender uma aliança entre o PP, do qual é tesoureiro nacional, com o PL – e a cabeça de chapa seria o seu irmão mais velho, ex-prefeito Silvio Barros II, que deixou a prefeitura com 40 processos e foi denunciado em 2021 pelo Ministério Público Estadual por desvios de verbas públicas quando era chefe do Executivo.

Barros não esteve com Bolsonaro em 2018, já que as relações entre os dois não eram boas desde que o ex-presidente, ainda deputado federal, denunciou que Barros o chantageou. No entanto, ao afirmar repetidamente que quem tirava o presidente da República do cargo eram os deputados, ganhou a liderança. Teve o nome envolvido na compra de medicamento sem eficácia contra câncer infantil e na aquisição da vacina contra a covid-19, chegando a ser indiciado pela CPI da Pandemia. O político conseguiu se reeleger porque abraçou o bolsonarismo, e por isso busca ter o controle do PL. Em março passado ele já esteve com Valdemar Costa Neto com o mesmo objetivo.

A pré-candidatura do Delegado Jacovós a prefeito foi feita em janeiro pelo presidente estadual do partido, Giacobo. Ele conseguiu, além de boa performance junto à preferência do eleitoral, trazer para o PL o ex-presidente do PSD, Francisco Favoto, também pré-candidato a prefeito. Bolsonaro não quer aliança com o PSD na maioria dos estados. A depender da conversa, o partido ao qual Jair Bolsonaro está filiado pode não ter candidatura própria ao Executivo.

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