A maioria dos sites oferece acesso gratuito ao conteúdo exibindo anúncios. No entanto, isso se torna menos viável à medida que mais pessoas usam adblockers. O que fazer?

O navegador Brave tem uma proposta: ele bloqueia anúncios nativamente, mas permite que o usuário pague por conteúdo adicional nos sites através de um token de atenção básica, ou BAT.

Nos últimos meses, a Brave vem distribuindo esses tokens em promoções, de forma limitada. Mas, segundo a CNET, todos os usuários vão receber moedas gratuitamente até junho — basta ter o navegador instalado.

“Estamos chegando ao ponto em que daremos BAT aos usuários o tempo todo. Não achamos que ele vai acabar. Acreditamos que os usuários devam obtê-lo”, disse o CEO Brendan Eich.

No ano passado, Eich conseguiu levantar o equivalente a US$ 35 milhões para financiar esse token. Cada BAT vale atualmente cerca de US$ 0,40.

No futuro, você receberá tokens apenas por visualizar anúncios. No segundo trimestre, sites poderão exibir propagandas através da Brave e coletarão 70% da receita, enquanto 15% vão para os usuários. O restante fica com a empresa.

Alguns grandes sites aderiram ao Brave, incluindo o Washington Post, o Guardian e o Dow Jones Media Group, que opera o MarketWatch e o Barron’s. Esta semana, novos usuários receberam uma assinatura gratuita de dois anos para os sites da Dow Jones.

Com o BAT, será possível adquirir conteúdo premium, como artigos de notícias que ficam fechados em um paywall. Também é possível apoiar YouTubers e streamers no Twitch, que pode converter o token em dinheiro após serem verificados.

É uma ideia semelhante ao Flattr, porém envolvendo criptomoedas desta vez. O Brave tem 2 milhões de usuários ativos mensais, ou seja, que abriram o navegador pelo menos uma vez no último mês.

Com informações: CNET.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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