Redes e Ruas - Inclusão, Cidadania e Cultura Digital

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Redes e Ruas

Inclus達o, Cidadania e Cultura Digital

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Imagem: Acervo Secretaria Municipal de Cultura

Imagem: Acervo Circo Teatro Palombar

Ponto de Cultura Pombas Urbanas Projeto Circurtas na Praรงa - Circo Teatro Palombar




Imagem: Acervo do Projeto

Vozes e Tambores Africanos, Mulheres Despertas no Brasil


Aos CidadĂŁos Vencedores, a Batata! A Batata Precisa de VocĂŞ


Uma Onda de Cultura na Praça A Onda - Frequências Sonoras e Digitais - Associação Raso da Catarina

A

praça transformada em uma imensa “sala de aula”. Os frequentadores iniciados e familiarizados com as práticas de áudio, vídeo e de transmissão (streaming) de apresentações culturais na web. Quando algum grupo cultural se apresenta, na prática, se concretiza o aprendizado. Bem, não faltaram grupos culturais no projeto A Onda #frequências sonoras e digitais. Cinco praças da capital assistiram A Onda levantada pelo coletivo Raso da Catarina. No Largo do Paissandu ouviram o samba de raiz do Kolombolo Diá Piratininga; Mestre Ananias – da Casa Mestre Ananias, o mais antigo mestre de capoeira em atividade no mundo, esteve na Praça Roosevelt; a Freedom Jazz, que integra o Movimento Elefante, foi ao Largo da Batata; o multiartista e pesquisador cultural Tião Carvalho brindou a Benedito Calixto com sua apresentação; e o Comboio de Cordas, com Leonardo Costa, esteve na Ouvidor Pacheco. Tudo transmitido ao vivo. Destaque-se a simbologia de dois momentos – a relação das apresentações com o espaço onde foram realizadas. O Diá Piratininga, com a memória e a tradição do samba paulistano, no Largo do Paissandu: espaço de resistência negra e popular da Capital. Mestre Ananias, 94 anos, na Roosevelt com sua capoeira – historicamente um movimento de ocupação do espaço público em uma Praça tão disputada conceitualmente. Outras atividades formativas foram realizadas nos Telecentros Anjos da Paz (Casa Verde), Biblioteca Pedro Navas (Mandaqui), Biblioteca Nuto Sant’Anna (Santana), UNAS (Heliópolis) e nos Pontos de Cultura Carpintaria de Palhaços (Pinheiros) e Casa Paulo Eiró

(Campo Limpo). Foram oficinas de cunho audiovisual: edição de imagens, de streaming, de filmagem... No Ponto de Cultura Companhia dos Palhaços, no próprio Raso da Catarina, a demanda por streaming na transmissão do Sarau do Charles gerou oficinas sobre o tema. O mesmo ocorreu no Ponto de Cultura Paulo Eiró, na Zona Sul: a poesia virou rap, a dança foi transmitida... A Associação Raso da Catarina foi oficializada em 2006, mas atua desde 1996 quando se iniciou o Sarau do Charles, sua atividade mais antiga. Ele acontece na madrugada de todo terceiro sábado de cada mês, é um espaço multicultural de troca entre artistas de todas os matizes e o público. Um detalhe que evoca ancestralidade: Raso da Catarina é o lugar na Bahia onde o bando de Lampião se escondia. A Companhia de Teatro se apropriou desse nome como metáfora do lugar onde atuam, as ruas. A rua é onde a Companhia leva os espetáculos de cultura popular. E quem quiser conhecer mais do trabalho do Raso da Catarina pode ir ao Teatro da Vila, ao Sarau do Charles. Mas, não se espante se, indo às ruas e praças, encontrá-los mostrando sua arte. Na rua é onde percebemos a vocação popular e tradicional do grupo. “A experiência da praça talvez tenha sido a mais completa e legal de formação” diz Guilherme, um dos integrantes. O que surpreende nesses encontros urbanos é a profundidade das trocas culturais “Surgiu um senhor negro e evangélico que, quando falamos dos quilombos, quis saber mais. Temos um trabalho de caráter filosófico, de formação militante”, conta Rudá, do Raso da Catarina.


Meu Território, Toda Cidade, Nossa Rede Acervos e Redes Digitais - Instituto Pedro Macambira

E

nquanto Cleodon Silva escrevia seus cordéis, protegido da ditadura sob o pseudônimo de Pedro Macambira, já gestava o que hoje o Instituto que leva o seu nome espalha nas redes e nas ruas. A Casa dos Meninos, outra empreitada de Silva, experimenta para além da Zona Sul projetos que se espalham para outras áreas da cidade. O objetivo era empoderar os trabalhadores e seus filhos por meio das novas tecnologias de comunicação e informação, para que reconhecessem seu território e, principalmente, para que reconhecessem a si e aos outros. E isso continua vivo nas atividades do Instituto. A solidariedade é o cimento para a construção de uma nova forma de relacionamento no território, e o trabalho em rede é a ferramenta que torna tudo isso possível. O Instituto está contruindo, a partir da Zona Sul, uma rede de Intranet que possibilitará aos seus usuários desde o compartilhamento de conteúdos educacionais (vídeoaulas, por exemplo) até a troca de itens como livros (já há a biblioteca virtual na intranet onde o usuário cadastra o livro que tem para troca, venda ou doação, georeferenciando e marcando o ponto para esse processo), o que pode ser acompanhado em www.basecomum.org.br. “Só dizer para as pessoas que elas tem que ser mais solidárias e mais colaborativas não adianta, você deve criar condições para que isso se realize” (Adriana – IPM).

Em nove meses de projeto, o Redes e Ruas potencializou aquilo que já vinha sendo realizado pelo Instituto: consolidar a construção e o fortalecimento da rede de Intranet e espalhar esse conhecimento em rede para outros territórios da cidade, inclusive para a Zona Leste. Foram realizados cursos e oficinas de formação em audiovisual, que já fazem parte do acervo digital disponibilizado. Roteiro, filmagem, edição; temas de história, geografia, direitos humanos... Os meninos e meninas, em CEUS e Telecentros, tomaram conhecimento de todo o processo: descobriram como se apropriar não só dos conteúdos da rede, mas de como construí-la, gerenciá-la e produzir o conteúdo ali disponibilizado. O futuro e o crescimento dessa rede será determinado pela relação com a comunidade. Conforme a comunidade que já participa de um fórum de gerenciamento da rede for entendendo a necessidade de expansão, a rede vai crescendo. Buscar mais conhecimento, aprender cada vez mais para fortalecer a comunidade por meio da rede, mobilizá-la, reconhecer-se na rede e na cidade, eis as expectativas para o futuro. Com isso, fecha-se o ciclo: reconhecimento, conhecimento, produção e apropriação do conteúdo produzido.


Educação Popular, Comunicação Popular Agência de Notícias Sem Fronteira Digital - Viração Educomunicação



























































596 369 74 36 16

12

27,6%

Centro

96

Telecentros

80

WiFi Livre SP

36 Outros

26

Pontos Cultura

11

20,7%

19%

Leste

Oeste

16

3

27,6%

Sul Norte


19

Negra

26

Branca

3 10

Parda

Outros



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Coerência e clareza

Critério de avaliação

Consistência e viabilidade da proposta

Pontuação Máxima 10 pontos 10 pontos

Adequação do orçamento ao Plano de Trabalho

Criatividade, inovação e singularidade da proposta

Relevância e impactos sócio-culturais no projeto no contexto de suarealização

Articulação territorial e conexão com outros equipamentos e atores da comunidade local, que ampliem e aprofundem a relação de colaboração e troca a partir das ações do projeto.

10 pontos 10 pontos 10 pontos 10 pontos

Histórico de atuação do coletivo/organização nas áreas de inclusão, cidadania e cultura digital.

10 pontos

Proposta que, em seu mérito, contemplem questões de gênero, étnico raciais, infância e adolescência, juventude, pessoas com deficiência, LGBT, migrantes, idosos e trabalho decente.

10 pontos

Experiência do proponente e equipe executora do projeto e sua relação com a proposta apresentada.

Potencial do projeto em contribuir para o aprimoramento estéticocriativo, econômico ou de ampliação da cidadania das iniciativas em andamento. TOTAL

10 pontos

10 pontos 100 pontos

11.2. Cada projeto será avaliado por pelo menos dois membros da Comissão Julgadora ereceberá uma nota individualizada. A nota final de cada projeto corresponderá à média aritmética entre as duas notas recebidas. 11.3. No caso de haver diferença na nota dos avaliadores em valor igual ou superior a 20 (vinte) pontos, o mesmo projeto será reavaliado com a presença de um terceiro membro indicado pela Comissão para chegar-se à nota final. 11.4.

Os projetos receberão, com base nos critérios acima, uma nota correspondente àsomatória máxima de 100 (cem) pontos.

11.5. Serão classificados em ordem decrescente os projetos que obtiverem nota igual ou superior a 50 (cinqüenta) pontos. 11.6. Em caso de haver empate entre as notas, a Comissão Julgadora decidirá pelo desempate considerando pela ordem os seguintes critérios: 1) Articulação territorial; 2) Histórico de atuação do coletivo/organização nas áreas de inclusão, cidadania e cultura digital; 3) Potencial do projeto em contribuir para o aprimoramento estéticocriativo, econômico ou de ampliação da cidadania das iniciativas em andamento. 11.7. A Comissão Julgadora é soberana e autônoma, não cabendo recursos quanto ao mérito de suas decisões. 11.8. A Comissão poderá não utilizar todo o orçamento disponível para o presente Edital, se julgar que os projetos apresentados não têm méritos ou não atendem aos objetivos do mesmo. 11.9. A Comissão deverá lavrar ata de suas reuniões e motivar suas decisões. 11.10. A Comissão dará ciência à Secretaria de Cultura acerca do resultado da seleção, cabendo a esta providenciar a publicação do mesmo no Diário Oficial da Cidade. Os proponentes cujos projetos forem selecionados deverão apresentar, no prazo de 05 (cinco) dias corridos a partir da publicação, manifestação de aceite quanto a sua participação no Programa. 11.11. Após a manifestação de aceite, os selecionados terão o prazo de até 05 (cinco) dias corridos para apresentar: 11.11.1. No caso de Proponente Pessoa Jurídica: I. Cópia do CNPJ, Cadastro de Contribuinte Mobiliário-CCM, Estatuto Social e Ata atualizados, CPF e RG do(s) representante(s) legal(ais) da pessoa jurídica proponente; II.

Certidão de Tributos Mobiliários da Prefeitura Municipal de São Paulo;






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