19/06/2012 08h00 - Atualizado em 19/06/2012 18h42

Aos 156 anos, Ribeirão Preto tem vestígios de 'pequena Paris'; veja fotos

Edifícios na região central preservam características do início do século XX.
Arquitetura europeia tornou cidade conhecida como "Petit Paris".

Adriano Oliveira e Clayton CastelaniDo G1 Ribeirão e Franca

Completando 156 anos nesta terça-feira (19), Ribeirão Preto (SP) ainda preserva traços do princípio da sua urbanização. Construções do início do século passado remetem à época em que a cidade era conhecida como a “Petit Paris” - a pequena Paris - e são vestígios do período em que a força econômica do município estava atrelada às lavouras de café.

A históriadora Tânia Registro contou que um importante fator para o desenvolvimento foi a chegada da linha férrea no final do século XIX. O trem facilitou o escoamento do café até o porto de Santos e trouxe reconhecimento ao povoado agrícola no nordeste do Estado.

“Começaram a surgir os prestadores de serviço: farmacêuticos, advogados, modistas e comerciantes. Junto com a vida social que nascia vieram as referências europeias. O chique era parecer com a Europa e as construções seguiram esse estilo”, contou.

Theatro Pedro II anunciava peça "A tragédia do fim do mundo" na década de 1930. A mesma fachada nos dias atuais (Foto: Clayton Castelani/G1)Theatro Pedro II anunciava peça "A tragédia do fim do mundo" na década de 1930. A mesma fachada nos dias atuais (Fotos: Arquivo Público de Ribeirão e Clayton Castelani/G1)

Adaptação
Com tempo, muitos prédios históricos foram demolidos para dar lugar ao progresso, enquanto outros se adaptaram e continuaram sendo referências nacionais, como o Theatro Pedro II – considerado o terceiro maior teatro de ópera do país - e o palacete Meira Junior - que abriga a choperia Pinguim.

O primeiro edifício da cidade, construído pelo imigrante alemão Antonio Diederichsen durante a crise de 1929, também preserva as carcterísticas originais: concilia salas comerciais, consultórios médicos e quartos para locação.

Tânia afirmou que é importante preservar as antigas construções, considerando o potencial de utilização em novos empreendimentos sejam eles culturais ou comerciais. "Não podemos tratar o que é antigo como um bibelô. Quando restauramos o antigo e damos utilidade a ele, as pessoas se sentem acolhidas e passam a se apropriar da história".

Quarteirão Paulista com edifício Diederichsen ao fundo na década de 1950 e nos dias atuais (Foto: Clayton Castelani/G1)Quarteirão Paulista com edifício Diederichsen ao fundo na década de 1950 e nos dias atuais (Fotos: Arquivo Público de Ribeirão e Clayton Castelani/G1)
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