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13/11/08 - 13h20 - Atualizado em 13/11/08 - 13h40

Lula diz que Papa Bento XVI poderia dar 'conselhozinho' contra crise

Presidente se encontrou com Bento XVI no Vaticano nesta quinta (13).
'Pedi ao Papa que nos seus pronunciamentos ele fale da crise econômica.'

Do G1, em São Paulo

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Papa Bento XVI manifestou preocupação com a crise financeira internacional em uma audiência fechada que tiveram no Vaticano nesta quinta-feira (13).


"Ele disse que a crise é grave", relatou o presidente. "Eu pedi ao papa que nos seus pronunciamentos ele fale da crise econômica, pois, se todo o domingo o papa der um 'conselhozinho', quem sabe a gente encontra mais facilidade para resolver o problema", afirmou.

 

O encontro, que ocorreu na biblioteca do Vaticano, durou 24 minutos e foi acompanhado por dois tradutores. Lula afirmou ter dito ao Papa que sua preocupação é com a situação das camadas mais pobres da população.

 

"O empresário pode perder um pouco, mas vai continuar sendo empresário, vai continuar rico. E os setores mais avançados da sociedade vão perder um pouco, mas continuarão comendo, bebendo e jantando. A minha preocupação é que a crise resulte no empobrecimento daqueles que já são pobres", disse Lula, depois da audiência. 

 

Bolsa Família

Lula contou que Bento XVI chegou a comentar sobre o programa Luz Para Todos, a política do governo brasileiro para a África e o "sucesso" do Bolsa Família. "O Brasil sempre trabalhou e trabalhará para ter uma boa relação com os papas", disse Lula. 

          

 

Lula presentou Papa Bento XVI com uma escultura de barro que representa família de retirantes nordestinos (foto: Ricardo Stuckert/Presidência)

O presidente presenteou o Papa com uma escultura de barro de uma família de retirantes nordestinos e ganhou uma caneta do pontífice.

 

"Eu disse uma vez, logo depois da visita dele ao Brasil, que a imagem que eu tinha dele era a que passava na TV: um homem sisudo e de poucos amigos. A verdade é que ele é um homem afável e fiquei surpreso por ele ser bem informado sobre o Brasil". 
 

Acordo

Após o encontro reservado com Lula, o Papa cumprimentou a primeira-dama, Marisa Letícia, e os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Nelson Jobim (Defesa) e Celso Amorim (Relações Exteriores).

 

Em seguida, representantes do governo brasileiro e do Vaticano assinaram acordo que ratifica normas já previstas na legislação brasileira, da atuação de religiosos no país. 

 

Lula e sua delegação se reuniram na Sala do Tratado para a solene assinatura do acordo, que durou cerca de meia hora e à qual também assistiu o número dois do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, assim como o ministro das Relações Exteriores da Santa Sé, Dominique Mamberti.

"Não são estipulados privilégios e, sim, é reconhecida a importância da Igreja católica no Brasil", afirmou Mamberti em seu discurso, no qual manifestou a satisfaçao da Igreja pelo acordo alcançado. 

  

"Acho que é um acordo histórico porque regulamenta todos os aspectos jurídicos da Igreja, que conviveu muitos anos tranqüilamento no Brasil", declarou à imprensa o cardeal Claudio Hummes, que assistiu à cerimônia. 
 

Comunicado do Vaticano

Em um comunicado, o Vaticano informou que o encontro "consistiu em uma frutífera troca de opiniões sobre temas da atualidade internacional e regional".

Ambos conversaram sobre a situação do Brasil, "em particular sobre as políticas sociais adotadas para melhorar a vida das pessoas que vivem inadaptadas e marginalizadas", e o "papel chave da família na luta contra a violência e a deterioração social", informa o texto. 

O pontífice recebeu Lula com um "muito obrigado presidente pelo acordo que será assinado em breve", uma referência à assinatura oficial no mesmo palácio apostólico do novo estatuto da Igreja Católica no Brasil.

A visita de Lula ao Papa aconteceu 18 meses depois da primeira viagem do pontífice alemão à América Latina, realizada no Brasil em maio de 2007.

"Eu o espero de novo no Brasil", se despediu Lula, ao que o pontífice respondeu com um simples: "Espero que sim".

 

Com informações da AFP e da Agência Estado

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