quarta-feira, 6 de julho de 2011

Linguagem de Deus, linguagem dos homens

A superação da linguagem não implica no desaparecimento dela. É impossível não fazer uso da linguagem, não se posicionar a partir dela. Tudo é construído socialmente, até o que chamamos de "nossa identidade" ou, se preferir, o que chamamos de "eu". Até o discurso da não-linguagem é discurso e, portanto, faz uso da linguagem. Então, na minha opinião, superar a linguagem é utilizá-la sem absolutizá-la. O Deus que é mistério é a "última coisa". Ele denuncia as nossas construções como coisas penúltimas, mas faz uso delas, que continuam existindo pra nós e nos remetendo ao que transcende.

tico e teco, engravidados por Bonhoeffer e Peter Berger


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