15/12/2010 08h41 - Atualizado em 15/12/2010 15h18

Atentado em mesquita xiita mata pelo menos 36 no Irã

Mais de 100 pessoas ficaram feridas em ataque em dia sagrado.
Há mulheres e crianças entre as vítimas.

Do G1, com agências internacionais

Pelo menos 36 pessoas morreram e 100 ficaram feridas nesta quarta-feira (15) em duas explosões suicidas diante de uma mesquita xiita da cidade de Chabahar, sudeste do Irã, durante a cerimônia de luto da Ashura, informou uma fonte do Crescente Vermelho, a Cruz Vermelha islâmica.

O ataque ocorreu na praça Framandari, onde os fiéis participavam em uma procissão religiosa, disse um integrante do Crescente Vermelho, Mahmud Mozafar, à agência Ilna.

O grupo rebelde sunita Jundollah, em mensagem em seu site, assumiu a responsabilidade pelo atentado.

Imagem da TV estatal mostra o local da explosão nesta quarta-feira (15).Imagem da TV estatal mostra o local da explosão nesta quarta-feira (15). (Foto: AP)

Um médico legista citado pela agência oficial Irna informou que o necrotério recebeu 38 corpos, incluindo mulheres e crianças.

De acordo com o deputado provincial Mohammad Yaghub Jadghal, o atentado tinha como alvos os peregrinos que seguiam para a mesquita do imã Hussein de Chabanar.

A cidade fica na província de Sistão-Baluchistão, perto da fronteira com o Paquistão e o Afeganistão, cenário há 10 anos de uma violenta rebelião de extremistas sunitas e da etnia balúchi, que representam uma parte importante da população desta província.

Vários atentados ocorreram no Irã nos últimos meses, incluindo uma explosão em uma base de treinamento militar, em outubro, na qual foram mortos e feridos vários soldados.

Diversos grupos armados hostis ao governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, estão em atividade no país, incluindo separatistas curdos no noroeste, militantes baluchis no sudeste e árabes no sudoeste.

Obama
O presidente dos EUA, Barack Obama, condenou os ataques, dizendo que eram uma "ofensa detestável" e que os envolvidos deveriam ser responsabilizados.

"Esse e outros atos semelhantes de terrorismo não reconhecem fronteiras religiosas, políticas ou nacionais. Os Estados Unidos condenam os atos de terrorismo onde quer que ocorram", disse Obama.

 

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